Não é muito diferente o caso dos koans: espécie de narrativa, diálogo ou pergunta, o koan oriunda do budismo zen , e contém aspectos que são inacessíveis à razão. Desta forma, o koan tem, como objetivo, propiciar a iluminação espiritual do praticante de budismo zen através da interrupção do seu fluxo de pensamentos. São contos , perguntas ou afirmativas que causam impacto no fluxo de pensamento; permitindo ao indivíduo uma reflexão, insight ou questão que foge ao raciocínio meramente intelectual.Isso permite que a pessoa entre em contato com as suas emoções, podendo criar novas formas de ver, sentir ou pensar sobre uma determinada questão, comportamento ou modo de ser. Em suma, o koan, parábolas ou algo similar faz com que o indivíduo escape da racionalização, que afrouxe suas defesas intelectuais a fim de estabelecer novas conexões mentais.
Vejamos um exemplo de koan:
Nada
Existe
YAMAOKA
TESSHU, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi
até Dokuon de Shokoku. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso:
"A mente,
Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza
dos fenômenos
é vazia. Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade.
Não há o Dar e tampouco nada a receber!"
Dokuon,
que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na
cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado,
gritando xingamentos.
"Se
nada existe," perguntou, calmo, Dokuon, "de onde veio toda esta sua
raiva?"
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